Test-drive: Land Rover Freelander 2 HSE

O Usado Fácil tem o compromisso de procurar gerar bons negócios entre seus clientes e usuários. E por isso estamos inaugurando uma nova sessão em nosso canal de notícias: o Usado Fácil Test Drive. Trata-se de uma série de testes em veículos que estão no mercado, buscando trazer uma avaliação do cotidiano com o veículo. Não é o caso de oferecer números, e sim, de transmitir a sensação de usar o veículo no dia-a-dia. Algo pessoal e subjetivo, assim como funciona em conversas com amigos.

Nessa primeira experiência a Caramori Land Rover nos ofereceu um Land Rover Freelander 2 HSE 0km, completo, para ficar por dois dias à disposição do Usado Fácil. Aproveitamos a oportunidade para testar o veículo em três tipos de trechos distintos: uso urbano, uso na estrada e uso rural. Para cumprir esse compromisso usamos o veículo em Cuiabá MT e Várzea Grande MT e realizamos dois pequenos trechos na estrada, um para Chapada dos Guimarães MT e o outro para uma fazenda no município de Poconé MT. Rodamos cerca de quatrocentos quilometros em um fim de semana ensolarado.

O veículo

Andar com um Land Rover é sempre algo especial. E o Freelander 2 tem classe e imponência, como convém a um bom SUV Sport-Utility Vehicle. Ele não aparenta ser um veículo tão robusto como o Defender, e nem é essa a intenção desse veículo. Ele é claramente mais "familiar". Aparentemente, seu público são pais de família que querem um veículo espaçoso, extremamente confortável e que traga um adicional de classe que não se encontra nos veículos da concorrência. Apesar disso, devido à suas linhas mais "quadradas", o Freelander 2 não é um veículo que atraia olhares nas ruas. Concorrentes menores conseguem chamar mais atenção nas ruas que ele. Para alguns, isso pode ser uma qualidade. A frente é claramente o ângulo mais bonito do veículo. Sua lateral e traseiras apenas são o que se esperam de um veículo desse tipo. Mas o público da Land Rover não compra um veículo pelo exterior. Coreanos e japoneses conseguem fazer veículos com visual mais atualizado e, em alguns casos, até mais bonitos.

Agora, ao entrar no carro, percebe-se a diferença de estar em um legítimo Land Rover. O acabamento é primoroso, com bancos em couro com regulagens elétricas de altura, encosto e distância, e ainda três posições de memória para facilitar ainda mais encontrar as posições de maior conforto dos condutores. O painel de instrumentos é completo, com todas as informações ao alcance dos olhos. A tela do GPS no centro do painel sensível ao toque chama a atenção e traz um charme único ao modelo. O sistema de som merece destaque: uma disqueteira com espaço para 6 CDs e com 14 alto-falantes da reconhecida marca Alpine - que conseguem traduzir potência e qualidade realmente impressionante em um único equipamento. Os dois tetos solares o primeiro com abertura elétrica também ajudam a trazer a sensação de estar em um veículo único.

Os comandos no volante oferecem controle do som e do computador de bordo com facilidade, sem desviar a atenção do motorista. O ar-condicionado oferece o recurso de "dual zone", podendo o motorista programar uma temperatura diferente da do passageiro ao lado, por exemplo. Seus controles são extremamente simples e intuitivos, ao contrário de muitos outros veículos atuais. Estranhamente, o Freelander 2 não oferece saída de ar-condicionado para os ocupantes do banco traseiro.

O acesso ao banco traseiro só não é mais fácil devido à altura do veículo, o que traz alguma dificuldade às crianças menores - o que é normal em se tratando de um SUV. Tirando isso, o espaço traseiro é bom, e o banco bipartido e rebatível é bastante confortável. Talvez se o mesmo fosse reclinável a experiência seria ainda melhor. Utilitários esportivos menores e mais baratos oferecem o mimo, e para quem anda com crianças em cadeirinhas faz diferença.

O porta-malas conta com 405 litros de capacidade segundo informações da Land Rover do Brasil, estranhamente, o site da Land Rover internacional informa 755 litros de capacidade com os bancos traseiros na posição normal, e incríveis 1670 litros com os bancos rebaixados. E tem o acesso de maneira simples. O estepe fica no porta-malas, e, no caso de necessitar utilizá-lo, terá de tirar toda eventual bagagem que estiver carregando para ter acesso à ele.

Ao Volante

Dirigir o Freelander 2 é uma experiência diferente. A começar pelo botão de ligar e desligar o motor, a chave é apenas se encaixa em um receptor que "autoriza" a utlização dos diversos sistemas eletrônicos - a partida do motor inclusive. O câmbio automático possui a opção de trocas sequenciais de marcha. Confesso que não me agradei muito desse recurso, é muito mais cômodo deixar o sistema realizar as trocas sozinho. A transmissão de 6 marchas oferece uma condução com as trocas de marcha quase imperceptíveis. O silêncio à bordo é um ítem de destaque, bem como a suspensão firme. O Freelander 2 transmite as sensações do piso assim como um carro de porte menor, o que traduz para o motorista uma avaliação mais precisa do terreno. É justamente o que se espera de um Land Rover.

Na cidade, o carro se comporta bem. É confortável, espaçoso e rápido. No anda-e-para das avenidas, a posição de dirigir, aliado ao câmbio automático e o eficiente sistema de som, o estresse é bem menor. Bem, e estar ao volante de um Land Rover traz a sensação de que tudo à sua volta importa um pouco menos, convenhamos. Mas é na estrada onde encontramos as melhores sensações com o veículo.

Tanto em trechos com muitas curvas trecho Chapada dos Guimarães quanto em grandes retas com muitos caminhões, o Freelander transmite segurança. Também, contando com ABS, controle de tração, e mais uma sopa de letrinhas de recursos eletrônicos que auxiliam o motorista, o resultado não poderia ser outro. O carro permance "na mão" em todo tipo de manobra. O motor 3.2 6 cilindros, com 233cv tem excelente resposta nas ultrapassagens, e é realmente muito rápido a fábrica informa velocidade máxima de 200km/h.

Na zona rural, em pequenas e poerentas estradas de terra, procuramos simular o uso que acreditamos que o comprador de um veículo desses faria, ou seja, não colocamos o carro para enfrentar trechos mais radicais. E convenhamos, o Freelander 2 não é um "carro para trilha". Para isso a Land Rover tem o Defender. Mas um SUV tem que se sair bem nesse tipo de uso, e o Freelander 2 foi aprovado com louvor. O carro passou bem por todo tipo de situação que uma viagem à fazenda ou à chacara oferece. Com ângulos de ataque e saída de respectivamente 31º e 34º, passamos tranquilamente por pequenas pontes de madeira, algumas com algum "degrau" de entrada que faria veículos menores acertarem o pára-choques. A altura do solo é boa e adequada para esse tipo de uso.

A tração do veículo é 4x4, mas comporta-se como um 4x2 na maior parte do tempo, apenas quando o controle de tração detecta a necessidade, o carro passa a funcionar como um 4x4. O Freelander 2 conta com um sistema exclusivo chamado da Land Rover chamado Terrain Response, que permite que você escolha a configuração mais adequada ao terreno em que você se encontra neve/gelo, lama, areia ou condução normal, o que permite que o veículo ofereça uma melhor experiência em situações limite.

Veredicto

Definitivamente, o Land Rover Freelander 2 trata bem seus ocupantes. Talvez, em uma viagem em família, o espaço no porta-malas seja um pequeno problema. Mas, no geral, o carro é sem dúvida uma excelente opção. Quem compra um Land Rover costuma sempre se apaixonar pela marca. Com o Freelander 2 não é diferente. Ficar esses dois dias com o carro foi um presente, e não poderíamos deixar de agradecer a Caramori Land Rover, de Cuiabá MT, pela oportunidade que nos foi concedida.

Eric Locatelli Martini | 18/08/2010 17:00:00

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